DIMMY ADRIANO, O FUNDADOR DA BANDA READY TEDS
Egresso do underground paulistano de rockabilly, a banda foi fundada em 31 de agosto de 2002 e desde então nunca parou, realizando shows antológicos, que acima de qualquer coisa, honram a glória dos pioneiros do rock, especialmente os brasileiros. Não é à toa que a Ready Teds, liderado pelo glorioso Dimmy Adriano resiste ao tempo e todas as tendências massificantes da atualidade. Sem o rock clássico, dos primórdios, não existiria nem os Beatles. Bem isso já ouvimos de John Lennon que amava Elvis Presley e que disse que antes do rei do rock "não existia nada". Para Dimmy fazer manutenção do rock brasileiro clássico vai muito além de uma missão estilo Highlander. O repertório da Ready Teds oferece um cardápio musical seleto do melhor dos anos dourados, conforme consta em seu release: Elvis Presley, Roy Orbison, Chuck Berry, além dos nossos velhos grandes nomes, tais como Tony Campello, Carlos Gonzaga, Sérgio Murilo, a banda alcança revitalização do rockabilly mundial liderada décadas atrás pela banda Stray Cats. A paixão pelo nosso velho rock and roll, conseguiu aproximar a banda dos pioneiros Tony Campello e Baby Santiago, que seduzidos pelo exercício de nostalgia renderam-se a gravação de uma canção inedita convenientemente batizada de "Doracy" (tal gravação está disponível no you tube e vem acompanhada de um desenho animado alto astral). Mas não é só isso, não. A banda tal como se observou nesta última frase, possui músicas de autoria própria, composta em períodos diversos. Evidentemente que álbuns independentes foram gravados, sendo que um deles, em formato ao vivo, com o apoio da Kiss FM. Contudo, a Ready Teds merece muito mais e mal pode esperar por uma oportunidade no mainstream (se é que isso ainda hoje importa) ou mesmo em alguma cena indie vitaminada. Pois bem, a banda chamou atenção do autor da BÍBLIA DO ROCK, que aqui vos escreve e que pretende lançar uma coletânea em vinil relacionada ao seu projeto. Mas não vamos estragar a surpresa que vem por aí. É hora de Dimmy Adriano contar sua própria história e de sua banda através desta esclarecedora entrevista. Só para constar, a Ready Teds não fica nada a dever a um João Penca e seus Miquinhos Amestrados ou mesmo ao oitentista Magazine. A Ready Teds é rock and roll puro nos timbres certos. Espero que gostem.
(Emerson Links, cineasta e autor da "BÍBLIA DO ROCK").
1 - O que o rock representa para você?
DIMMY: À principio,
agradeço pelo convite dessa entrevista
para o projeto
Bíblia do Rock. Bom, o rock na minha visão de um modo geral, representa estilo
de vida, comportamento, manifestação
cultural e modo de expressão. Eu particularmente adotei a música como profissão
através do rock e pra mim o rock vai muito mais além de um estilo musical.
2 - O que o rock representou para a história
da sociedade, através dos tempos?
DIMMY : Um lance legal do
rock é que ele é muito rico em informações ligadas à cultura, pra entender melhor
a trajetória do rock basta traçar um parâmetro separando por décadas. Muitos desses
cantores e grupos se tornaram ícones por ditar um novo tipo de comportamento,
moda, por criar músicas que se tornaram “hinos” de uma geração, como por
exemplo a paz e a liberdade, ou até
mesmo dizer coisas em letras que estavam muito à frente de seu tempo. Diversos
acontecimentos importantes sempre tiveram uma trilha sonora que marcou algum momento
histórico, como por exemplo, aqui no Brasil, a Jovem Guarda, além de ter sido
um programa de TV, com o tempo acabou sendo um movimento histórico, muitas das
músicas que eram sucessos das paradas naquela época viraram grandes trilhas sonoras
daqueles tempos difíceis da época da Ditadura Militar. Isso é apenas um exemplo
daqui. É como o meu amigo Doutor Rock sempre diz “Quem nega o Rock nega os
tempos”.
3 - Quando, onde e como você ouviu rock and
roll pela primeira vez?
DIMMY : Foi no começo
dos anos 80, meu pai tinha em casa uma vitrola portátil Phillips vermelha e eu
me lembro que ele passava sempre as tardes de sábado e domingo ouvindo um monte
de discos, e um Lp que ele ouvia bastante
nessa época era o “Um Embalo com Renato
e seus Blue Caps”, esse considero um dos primeiros discos que eu ouvi na minha
vida. A sonoridade daquele disco me manda de volta aos 5 anos de idade de uma
maneira absurda.
4 - Quais foram suas influências nacionais no
que diz respeito a intérpretes e bandas?
DIMMY: Influências nacionais
tenho várias, como, Tony e Celly Campello pela interpretação deles, Sérgio
Murilo tinha um bom repertório, Demétrius, Albert, Carlos Gonzaga e até mesmo a
fase inicial do Roberto Carlos até 1966.
Mas no geral, uma das coisas que eu mais gosto dessa época da Pré Jovem
Guarda é a qualidade dos músicos que esses artistas gravavam nas grandes
gravadoras, como o Astor e Mário Gennari com aqueles acompanhamentos dos grupos
vocais e dos conjuntos que gravavam com eles, como The Jordans, The Jet Blacks,
The Youngsters, The Rebels, além do estilo de compor as letras que eram de forma
simples.
5 - Qual foi sua primeira experiência amadora
e profissional, antes de formar a Ready Teds?
DIMMY: Minha primeira
experiência amadora foi em 2000 tocando em festas, e profissional foi em 2001, em
uma Rádio local em São Caetano do Sul chamada Laser Fm, no programa “Disco de
Ouro” tocando ao vivo no estúdio da rádio.
6 - A sua família era conservadora? Se possível, faça um relato de suas memórias
da época, ou seja, sobre o comportamento da juventude de sua geração.
DIMMY: Minha família era
conservadora sim. Meu pai era caminhoneiro e viajava muito, minha mãe dona de
casa cuidava de mim e dos meus irmãos na infância, eu era de casa pra escola, mas
só na fase colegial que comecei a perceber que gostava de música. Ouvia muito
rádio, naquela época nos anos 80 ainda existiam programas bons e me divertia
muito, então, como eu nunca fui de sair muito, ficava muito em casa e não
acompanhei muito a geração daquela época.
7- Você se lembra quando teve contato com seu
primeiro instrumento musical? Conte, de forma sintética, como tudo se
desenvolveu...
DIMMY: Quando eu tinha
uns 15 pra 16 anos, comecei a ter vontade de tocar um instrumento, mas não tive
coragem de pedir um para os meus pais, pois tinha medo deles acharem que seria
um desperdício aquilo. Foi só quando eu completei 17 anos que eu tive meu
primeiro emprego e comprei de uma guitarra de um colega, tocava ela como se
fosse um baixo, até que consegui trocar ela por um contrabaixo elétrico, que
era o que eu realmente queria, justamente por causa do som mais grave, eu era
apaixonado pelo som do baixo que eu ouvia nos discos, então aprendi a tocar
sozinho ouvindo discos, fitas, auto - didata mesmo. Passei uns 2 anos ou mais
sem ter um amplificador, tocando em casa o baixo totalmente desligado, mas no
final das contas isso me fez prestar muita atenção no som das notas.
8 - Como foi o início da Ready Teds e sua
amizade com os músicos de outras bandas?
DIMMY: No ano de 2001 eu
tocava em uma banda de rockabilly chamada Spulecats e com o fim dessa banda, eu
e o baterista Chris que também tocava nessa banda, tivemos vontade de montar um
novo trio rockabilly, então decidimos levar essa idéia adiante, até que em
Agosto de 2002 a banda estava definitivamente formada. Quanto a minha amizade
com os outros músicos, legal, não se pode criar entrigas, pois o mundo dá
muitas voltas sempre. Temos que ganhar na humildade e perder de cabeça erguida,
afinal, o caminho da ida é o mesmo da volta. Direto acontecem coisas que valem
como aprendizado, tanto boas quanto ruins.
Da esquerda para a direita: Dimmy Adriano, Baby Santiago e Dan Rocker.
Dimmy Adriano e o pioneiro do rock Tony Campello, na primeira década do século XXI, mantendo a chama acesa do rock and roll original.
Da esquerda para a direita: Dimmy Adriano, Baby Santiago e Dan Rocker.
Dimmy Adriano e o pioneiro do rock Tony Campello, na primeira década do século XXI, mantendo a chama acesa do rock and roll original.
9 - Como surgiu o nome da banda? Qual foi o
primeiro local de ensaio? Qual foi o melhor vocalista da banda? Quais as
formações mais marcantes? Qual o primeiro show que a banda sentiu que poderia
engrenar mesmo na cena musical?
DIMMY: No ano de 2001
pra 2002, época em que eu coloquei um anúncio no jornal procurando um
guitarrista/vocalista, já pensava em criar um nome original para a nova banda,
coisa que eu achei que seria fácil, mas não era. Até que um dia sem querer eu
estava ouvindo em casa um Lp do Elvis Presley e começa a tocar a música “Ready
Teddy”. À princípio o que me chamou à atenção foi a energia da música, mas na
hora que eu bati o olho no título da música na capa do disco me veio a idéia de
fazer um trocadilho com o nome “Teddy” para “Teds”, formando Ready Teds.
O local do primeiro ensaio
foi no quarto da casa do baterista Chris, em um sábado, dia 31 de Agosto de 2002.
Quanto ao vocalista, o que marcou mais foi o Nill, pelo fato de ser o da formação
original, compomos bastante, gravamos, tocamos muito os 7 primeiros anos da
banda juntos, etc. Agente estava tão entrosado musicalmente que é até difícil
lembrar o show que engrenaria a banda, mas não demorou muito pra alguém
perceber isso na época, pois arranjamos um empresário rapidinho. Cada vocalista
tem o seu estilo, tanto o Nill quanto o Dan, não vejo como o melhor e o pior,
até porque os dois funcionaram na visão do público.
10 - Como você e seus músicos trabalharam na
gravação do primeiro disco de carreira da banda?
DIMMY: No ano de 2003,
estava-mos decididos à dar inicio as nossas primeiras composições e então compomos
as que são as 2 primeiras músicas da banda, que são “Going to the Party” e
“Gene Vincent no Walkman”. Chegamos a tocar elas bastante nos shows sem mesmo
gravá-la, como mostra no Cd “Brilhantina Show”.
11- Cite o primeiro programa de TV e também
de rádio que projetou a Ready Teds para a mídia?
DIMMY: Programa de TV
foi a MTV, no programa Covernation do Marcos Mion, à convite do Edson Galhardi,
que faz um belo trabalho de cover de Elvis Presley. No rádio tivemos uma
oportunidade de tocar ao vivo para o programa “Brilhantina Show” na rádio Kiss
FM, apresentado pelo Fernando Barreto, em 2004.
12 - Há um pacote de músicas que a banda gosta
de tocar mais que alguma outra escolhida por conveniência para ser divulgada
como música de trabalho nas rádios e na internet?
DIMMY: Em se tratando
de divulgação, sempre tem aquelas que são mais usadas como músicas de trabalho,
no caso das de nossa autoria. Que foram Gene Vincent no Walkman, Going to the
Party e O Velho da Estrada, que eram da primeira fase da banda. Mas é sempre
bom divulgar trabalho recente.
13 - O que a jovem guarda representou para a
sua banda?
DIMMY: Na verdade, pela
proposta da banda, a Jovem Guarda quase nada, mas a Pré Jovem Guarda sim,
bastante. A Ready Teds desde o começo teve várias músicas no repertório da fase
da Pré Jovem Guarda, que de fato acabaram influenciando bastante nas
composições. Mas eu particularmente sou muito fã e gosto muito da época da
Jovem Guarda até 1970.
Uma das grandes influências do rock brasileiro da Ready Teds.
Uma das grandes influências do rock brasileiro da Ready Teds.
14 - Qual a receptividade para atual geração
para uma banda de rockabilly? O som de vocês vai muito além do circuito do
gênero?
DIMMY: O público tem
crescido bastante e não para de aumentar o interesse por rockabilly aqui no
Brasil, até porque o estilo retrô está super em alta e isso é um belo de um
atrativo para despertar o interesse no rock antigo. A Ready Teds na verdade
nunca fez aquele “rockabilly” autêntico, até mesmo porque não queremos se
limitar. Na verdade uma banda com três músicos cada um tem em comum o gosto
pelo rockabilly, mas também temos nossas diferenças musicais, mas isso não
“atinge” a proposta da banda não. Gosto muito de outras coisas também como rock
inglês dos anos 60 e Jazz dos anos 40/50/60, big bands. Mas quando fazemos
shows grandes por aí tocamos algumas coisas de anos 60 que ficam até que dentro
da nossa proposta, mas também não tocamos rock pesado para não distorcer o
estilo. E o mais importante é ver o público contente, coisa que sempre
acontece.
15 - O surgimento da onda infernal de pagode,
funk e sertanejo atrapalha a trajetória da Ready Teds ou isso não fez
diferença? Sabe-se que o que ocorreu mesmo foi o desinteresse de alguns clubes
por causa dessa praga que atingiu consequentemente a cena indie. Segundo o
relato de outras bandas houve diminuição no circuito e os proprietários de
clube e radialistas deixaram de lado artistas e bandas da cena indie. O que
realmente aconteceu?
DIMMY : Essa coisa que toca
movido à jabá e que estraga os auto falantes do povo brasileiro, simplesmente
pra nós da banda é como se nem existisse, bom, pelo menos pra mim. Às vezes
acontece de fazer um show em uma cidade e bem no mesmo dia está tendo um show
na mesma cidade com um desses cantores da atualidade. Uma coisa que é fato,
muitos donos de casas de shows preferem contratar um DJ e um louco que canta
por cima do playback, desses aí que lotam a casa e deixa de contratar uma banda
completa. Isso eu já vi muito.
A formação mais recente: Dan Rocker (guitarra e vocal), Dimmy Adriano (baixo acústico e elétrico) e Chris Billy (bateria).
16 - As drogas exercem algum tipo de papel
para a imagem do artista ou músico?
DIMMY: Esse é um
problema seríssimo . As drogas infelizmente é a praga do milênio e infelizmente
muita gente associa à diversão, comemoração e até mesmo ao rock. Mas a grande
realidade é que qualquer um está sujeito à ter que lidar com esse problema,
mesmo que não use, sempre vai ter um próximo que vai estar envolvido, um
parente, um vizinho, um conhecido, e isso e vai lhe causar uma certa
preocupação. É uma pena mesmo. Eu graças à Deus não preciso disso e sou muito
feliz assim.
17- Como a banda desenvolve o processo de
composição e nome das músicas?
DIMMY: No começo da
Ready Teds, eu e o Nill escrevemos bastante, eu escrevia em inglês e o Nill em
português. Os temas sempre presentes nas músicas são festas, carros, garotas e
loucos. Com o passar dos anos deixei de compor em inglês, cá entre nós, é um pé
no saco pra rimar aquela encrenca lá, é uma briga. Mas agora só escrevo em
português, até porque tenho muita facilidade em fazer letras assim. Já cheguei
à vender composições e compor uma música inteira em menos de 20 minutos, em
português é lógico. O nome das músicas eu deixo pra colocar por último.
18 - Conte como foi a gravação de uma música
nova com a participação dos ídolos pioneiros do rock brasileiro, Tony Campello
e Baby Santiago, tempos atrás.
DIMMY: Foi muito legal
realizar um trabalho com a presença dessas feras. O Tony é uma figura incrível,
como pessoa e como músico, tem umas idéias bem bacanas de produção e arranjos.
Uma das faixas mais interessantes que gravamos se chama “Doraci”, uma música
inédita composta por Baby Santiago, que sempre foi uma grande referência com
suas composições. Foi um imenso prazer para nós gravar uma música inédita, feita
naquela época e que ficou guardada à décadas, bem nos tempos em que eram o auge
deles.
19 - Dos pioneiros do rock brasileiro que
ainda sobrevivem, quais nomes ainda gostaria de realizar algum tipo de gravação
para um CD?
DIMMY: Bom, se eu
listar nomes, posso cometer alguma injustiça, mas posso dizer que eu sou muito
grato à eles, em especial aos da fase da Pré Jovem Guarda, que fizeram um ótimo
trabalho lá atrás e abriram o caminho do rock para muitos passarem. Tem muita
gente grande que passou por esse caminho que nem lembra de homenageá-los, um
bando de mal agradecidos. Mas por enquanto eu queria deixar o meu obrigado à
cada um deles e parabenizá-los também, pois naquela época deveria ser bem
difícil, não tinha a mordomia de hoje. E é claro que eu queria gravar com todos
eles.
20 - Quem é o Rei do Rock brasileiro?
DIMMY: Essa pergunta é
bem difícil, mas considerando uma das primeiras premiações do gênero, eu voto
no Sergio Murillo.
21 - Quem é a Rainha do Rock brasileiro?
DIMMY: Considerando uma
das primeiras premiações do gênero, eu voto na Celly Campello.
22 - Quais foram as melhores bandas da
história do rock brasileiro, em sua opinião? Por que?
DIMMY: No rock
brasileiro tiveram várias, uma melhor que a outra, mas posso citar algumas,
como : Os Incríveis pela qualidade musical dos componentes, Renato e seus Blue
Caps, por ter irmãos talentosos, Os Mutantes que são sensacionais e por aí vai,
Casa das Máquinas, tem muitas.
23 - Conte aos leitores do blog como está
saindo sua nova gravação com músicos da The Sparks e The Jet Black’s?
DIMMY: Super legal. Eu
viajo nos arranjos do Emilio Russo. Eu não sei de onde ele tira tanta idéia. O
repertório por enquanto não posso listar, mas posso adiantar que a maioria das
faixas tiveram uma transformação especial no arranjo e ganharam uma assinatura bem
característica do Emílio Russo.
Gravando com as feras do The Sparks e The Jet Black's. Na foto, Edison Della Monica e Emilio Russo.
Gravando com as feras do The Sparks e The Jet Black's. Na foto, Edison Della Monica e Emilio Russo.
24 - Do seu ponto de vista, qual a diferença
entre o pop rock que se faz de norte a sul, atualmente?
DIMMY: Resumidamente,
ao meu ponto de vista, estamos sofrendo uma espécie de “fim do mundo” musical,
ou seja, estamos passando por uma retrospectiva. Tudo que criar com um
arranjozinho meio retrô, acaba virando Pop, principalmente se cair na mídia
grande, como por exemplo : Skank, Cachorro Grande, Vanguart, Los Hermanos, ou
seja, são influências passadas com roupagens modernas e que caem no gosto
popular.
25 - Deixe sua mensagem aqui para os músicos
que estão iniciando carreira hoje. Você sabia que no Rio Grande do Sul ainda
existiram bandas que se inspiraram no som do rockabilly e rock dos primórdios?
No melhor estilo de Celly Campello, Demétrius, Tony Campello, Ronnie Cord,
Albert Pavão, Eduardo Araújo, The Jordans, The Jet Black’s, The Rebels, entre
outros. Dos nomes das novas gerações surgiram ao longo das décadas, estão
bandas como Os Rebeldes, Barba Ruiva e Os Corsários, Acústicos e Valvulados
(rockabilly só na sua fase inicial com CD gravado pela Paradoxx em São Paulo),
entre outras. Em carreira solo, ninguém chegou mais perto da jovem guarda que
Frank Jorge. Entre os veteranos dos veteranos do rock and roll dos primórdios
está o músico gaúcho Mutuca, com CD de clássicos, lançado pelo selo Barulhinho.
Ele também abriu o show de Jerry Lee Lewis. Voltando ao ponto de partida. Deixe
sua mensagem aqui para as bandas que estão começando hoje, querendo trabalhar
com o rock dos primórdios, algo cada vez mais anos-luz distante. O que fazer
para sobreviver num mercado tão cruel como mercado brasileiro?
DIMMY: Minha mensagem
aos músicos que estão iniciando é a seguinte : Não fiquem só em covers, assim
só vai encher o bolso dos donos de bares e não vai pra frente. Vamos continuar
escrevendo a história do rock. Vamos compor, vamos criar, vamos gravar, fazer
acontecer de verdade, cover é só pra relembrar, o que vai valer mesmo
futuramente como referência são as composições próprias, é o que vai ficar. E o
principal : não desistam jamais. Para sobreviver nesse mercado da música,
acredito que os shows são as melhores opções, pois gravadoras não são mais um
bom negócio. Tem que investir na divulgação e inovar sempre, ser original. Que
legal que bandas da nova geração estão seguindo essa linha. Espero ver muito
trabalho dessa turma disponível. Parabéns.
26 - Faça a si mesmo algum tipo de pergunta,
que gostaria que o entrevistador, Emerson Links, autor da BÍBLIA DO ROCK,
fizesse a você.
Quais os planos
e metas para os próximos anos ?
Super massa , amei essa entrevista, demais. Parabéns Emerson Links, sou sua fã e te desejo imenso sucesso. Dimmy Adriano também é outro que merece todo meu respeito e a quem desejo sucesso sempre, e pela entrevista deu para notar que ele perseguiu seus ideais e chegou lá, (ou melhor aqui). Não vejo a hora de ver essa obra terminada e o filme rodando pelo Brasil afora, e fora do Brasil também. Sucesso a ambos... Matéria nota 1000 Emerson Links! Beijos! Dirce Maria Breve
ResponderExcluirMuito obrigado, Dirceu! Vou ser redundante: sua presença aqui é por demais valiosa e seus comentário são sempre nota 1000. Esteja sempre aqui porque sua presença nos ajuda a seguir em frente. Se nada atrapalhar certamente chegaremos lá! Um beijo, amiga.
ResponderExcluirÉ o maior ícone do rock brasileiro. Deve ser reverenciado sempre, para permanecer íntegro por sua biografia, na memória dos rockeiros. Salve.
ResponderExcluirDigo Raul Seixas e em memória a reportagem que fizeste sobre ele Emerson Links.
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