sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O CINQUENTENÁRIO DO FESTIVAL DE WOODSTOCK



O maior festival da história do rock completa 50 anos.

O festival rendeu um álbum triplo e também um longa-metragem nos cinemas exibido no ano de 1970.

A grande estrela do blues, Janis Joplin, morreria um ano depois do evento, aos 27 anos de idade, assim como o mestre Jimi Hendrix, também presente no festival.

Considerado um guitarrista revolucionário, o homem que reinventou o rock quando todo mundo acreditava que o gênero poderia entrar na curva da decadência. Assim como os grandes gênios que tiveram uma curta existência no planeta Terra, Jimi Hendrix deixou sua marca registrada que pode ser encontrada em várias bandas de rock que sobrevivem no século XXI.

AGUARDE A POSTAGEM DA MATÉRIA QUE ESTÁ SENDO ESCRITA EM TEMPO REAL.

sábado, 24 de agosto de 2019

MORRE ANYRES RODRIGUES, DOS BRASAS


Anyres é o segundo da esquerda para a direita.

O Ano Assassino continua fazendo jus a sua fama, depois de retirar de cena uma extensa lista de nomes relevantes da música em geral, desta vez foi a vez de subtrair a vida do músico gaúcho Anyres Rodrigues, também conhecido como Alemão dos Brasas. O nome em questão integrou o movimento jovem guarda, durante seu apogeu, em São Paulo, logo após uma carreira promissora na capital gaúcha, tempos que o rock and roll dava seus primeiros passos. Primeiramente como The Jetsons e posteriormente assinando como Os Brasas, gravou seu primeiro álbum em 1968, pela gravadora Musicolor, no centro do país. Além de Anyres, o grupo era composto por Luís Vagner (vocal e guitarra), Edson Aymay (bateria) e Franco Scornavacca (baixo). Este último, por sinal, faleceu em 15 de setembro de 2018. Depois de se dedicar a carreira de músico, Franco virou produtor e era empresário do trio KLB, composto por seus filhos, Kiko, Leandro e Bruno e que fez um imenso sucesso a partir da década de 2000. Dos sobreviventes dos Brasas resta apenas Luís Vagner. Considerando que Vagner, apesar dos problemas de saúde nos últimos tempos, continua na ativa em carreira solo e gravou depoimentos para a BÍBLIA DO ROCK em abril deste ano. 


Os Brasas recortado da Revista Melodias. 


Nos anos 1960, Anyres Rodrigues, o primeiro da esquerda para a direita. 


Segundo informações que constam no blog Durango 95 (Fonte Zero Hora / Luís Bissigo), depois da fama na jovem guarda, Anyres, após morar no Rio de Janeiro fixou residência em São Paulo e lá inaugurou o Bar Barracão de Zinco, onde comandava um grupo focado no set list dos Beatles, porém, em ritmo de samba. Desde o final dos anos 1970, dividia-se nas atividades de produtor, compositor e músico de estúdio.
  Para que possa constar como bônus, Anyres Rodrigues é autor da canção que se tornou tema da novela mexicana "Carrossel", lançada no Brasil no começo da década de 1990. O músico gaúcho já viveu no Japão e também conseguiu gravar seu álbum solo, décadas depois, na segunda década do século XXI. Dos tempos da jovem guarda, guardava com muito carinho as lembranças de sua carreira na banda Os Brasas. Infelizmente, com o seu desaparecimento no plano físico, as pedras jamais voltarão a rolar. Esperamos que se ele estiver no paraíso isso seja possível. 


terça-feira, 6 de agosto de 2019

RISONHO, GUITARRISTA DOS GRUPOS THE CLEVERS E OS INCRÍVEIS, É MAIS UMA BAIXA DESTE "ANO ASSASSINO"

Pioneiro do rock brasileiro e músico muito popular nos anos dourados da jovem guarda, Risonho tinha o "sorriso" como marca registrada, coisa que o próprio codinome sempre cumpriu com a função de destacá-lo na mídia sessentista.


  Elogiado por 10 entre "dez" músicos dos primórdios do rock brasileiro (leia-se a primeira ninhada dos anos 1950 e, também, da segunda, a geração jovem guarda, da década 1960), Waldemar Mozena (1943-2019) foi descoberto em 1962, pelo DJ Antônio Aguillar, enquanto atuava como guitarrista da banda The Clevers. Em depoimento para a "Bíblia do Rock", anos atrás, o radialista se orgulhava de ser um descobridor de talentos musicais. Em 2009, Aguillar me contou que necessitava de um grupo instrumental fixo para acompanhar os cantores que compareciam ao seu programa de rádio e TV, o Ritmos para a Juventude, no início dos anos 1960. Daí veio a ideia de fundar o The Clevers, grupo que prestaria serviços tocando ao vivo durante os programas periódicos da emissora (no caso a Radio Nacional, atual Radio Globo), e que simultaneamente seguia carreira própria com os seguintes músicos: Manito, Mingo, Neno e Netinho. Teria sido Neno quem apresentou Waldemar a Antonio Aguillar, mas, como sempre, existem várias versões sobre "quem apresentou quem", então decidi publicar apenas esta, deixando caminho livre para os demais artistas da época entrarem no blog para esclarecimentos adicionais sobre o ingresso de Risonho na formação original do grupo. Claro que possuo outros depoimentos falando do lendário guitarrista solo, mas prefiro guardar a sete chaves, até um possível lançamento comercial da "obra", combinado?


Nas poucas conversas que tive com Risonho, ele dizia que não tinha noção de que um dia o grupo faria muito sucesso e ainda viajaria pela Europa (The Clevers, como todo mundo sabe, transformou-se em Os Incríveis, mas essa história fica para outro dia). Um tanto ressentido com o mercado musical atual e a mídia que o esqueceu, Waldemar não tinha mais interesse em participar de qualquer coisa relacionada a música. Creio que somado a isso havia problemas de saúde em curso que limitaria, de fato, sua performance nos palcos. Obvio que vão aparecer aqui, de repente, aqueles que irão opinar de forma contrária (pra variar), mas seguir carreira artística (mesmo nos moldes de outrora) é necessário determinado nível de vitalidade, coisa que o avançar da idade vai tirando do ser humano pouco a pouco. Risonho tinha consciência disso. Não posso dizer o que ele pensava sobre a nova formação dos Incríveis sem sua presença porque (ele próprio) não se sentia mais à vontade para opinar sobre o assunto (conforme fora divulgado na mídia segmentada, Netinho, o baterista, era o único integrante da formação original da banda em atividade). Acredito que se fosse para colocar seus solos em algum disco de alguma banda ou músico da época da jovem guarda, ele teria cedido e participado de algum projeto, conforme Edison Della Monica, teria se manisfestado nas redes sociais sobre alguma possibilidade de atuar em alguma música ao lado de Risonho. É redundante afirmar que se fosse em um país de de Primeiro Mundo, o músico seria constantemente valorizado pela mídia. Vale dizer que quando tomei conta de seu falecimento não li nenhum artigo publicado por algum jornal ou revista da grande mídia que prefere, como de costume, viver apenas de fofocas sobre celebridades fugazes. Risonho, até onde onde se sabe, morreu de infarto neste último domingo, 4 de agosto, no interior de São Paulo. Por outro lado, ele continuará vivo na memória de fãs e admiradores que amam o clássico rock and roll e pop juvenil.
  Sobre o chamado "Ano Assassino", aproveito o comentário do amigo Osvaldo Machado Neto, pois, realmente, na contabilidade, os artistas que faleceram nos últimos sete meses se valem pela variedade de suas respectivas personalidades e obras. Aqui, como o assunto é rock and roll, mas, lembrando que um gênero sempre faz companhia ao outro mesmo numa situação de antagonismo, cabe citar (em ordem alfabética) as perdas irreparáveis de André Matos, da banda Angra (rock), André Midani, produtor (rock e MPB) Andy Anderson, baterista do The Cure (pop rock), Daryl Dragon (pop rock), Demétrius, o cantor (rock, jovem guarda e música romântica), Dick Dale (surf rock/rock instrumental), Dina, cantora (música popular portuguesa), Emílio Russo, do The Lions, The Sparks e The Jet Black's (rock e jovem guarda), Euclides de Paula, dos grupos Renatos e seus Blue Caps, Luizinho e seus Dinamites e The Pop's (rock e jovem guarda), João Gilberto (bossa nova),  Johnny Hutchinson, baterista que pertenceu aos Beatles (rock and roll), Keith Flint, do The Prodigy (música eletrônica), Marcelo Yuka (pop rock), Marciano, o cantor (música brega de raiz), Mark Hollis, cantor e compositor inglês (pop), P. A., do RPM (pop rock), Pedro Bento, da dupla Pedro Bento & Zé da Estrada (música sertaneja original), Peter Hurford (música clássica), Sérgio de Carvalho (produtor de música popular brasileira), Serguei (rock and roll), Scott Walker, cantor e compositor (pop rock), Tavito (música popular brasileira) e muitos outros.